segunda-feira, 27 de abril de 2015

Brasileiros do Dia-A-Dia


Em informática, usamos o termo HUD, sigla em inglês (heads-up display) que significa, em termos leigos, “Painel de Instrumentos”.

O termo é complicado e se você procurar na internet verá que ele está ligado aos indicadores de jogos de computador e videogame. Através desses indicadores que sabemos se o personagem do jogo está sem vida, ou sem energia, essas coisas.

Não é nada de novo, temos isso até nos automóveis e eletrodomésticos. Nos carros, chamamos de Painel ou Console. O que ele faz é simples: nos mostra a velocidade, quantidade de combustível no tanque e também temperatura do motor, nível de óleo, entre outras informações importantes, como se o farol está acesso etc!

Mas porque estou falando sobre Painéis de Instrumentos? Todo mundo sabe o que são e para que servem, qual a novidade?

Na verdade, nenhuma! O que não consigo compreender é porque os políticos não usam os indicadores, assim como usamos quando dirigimos um carro?

Quando o ponteiro do combustível, por exemplo está marcando vazio, paramos o carro em um posto de gasolina e colocamos mais gasolina né?

Ou seja, se o carro ficar sem gasolina, a culpa é dos caminhoneiros? Dos frentistas? Não a culpa é sua que não verificou o marcador de combustível.

Então quando um presidente diz não saber de nada, o que significa? Na minha visão estreita, significa que ele não sabe “pilotar” o governo.

Saber pilotar, envolve, entre outras coisas, saber quando olhar os mostradores e agir de acordo com o que está sendo apresentado. Isso inclui a sinalização de trânsito! Por isso fazemos auto-escola.

Dizer que não sabia de nada, é o mesmo que perguntar para um motorista porque ele dirigia tão rápido e ele dizer que não sabia que aquilo era um carro... Que ele estava passando de Óvni e desceu na Terra pra saber o que era aquilo?

Por exemplo, se você passa a 80Km/h em uma via que a placa indica 40Km/h, você será multado, sem recurso. Mas se for nossa presidente, ela dirá que não sabia que existiam placas de trânsito para limitar velocidade da pista. Que nem sabia que outras pessoas também utilizavam as pistas para se locomover?

Peraí, nós sabemos de onde vem todos os motoristas. Eles vem todos da Auto-Escola. E de onde vem os presidentes? Não existe uma Governo-Escola... Não existe uma regra que define o que o presidente da República deve ou não saber? Na verdade existe, mas parece que se ignora...

Como seria o trânsito se ignorássemos todos os avisos dos mostradores que aprendemos a prestar atenção, lá na auto-escola?

É muito estranho isso, pois desconfiamos do motorista de Van para levar nossos filhos na escola, mesmo ele tendo todo gabarito necessário para executar a função! E ainda gostamos de que ele seja indicado, pois precisamos ter confiança em quem está levando nossos filhos na escola.

Mas e o presidente? Ah, para presidente qualquer coisa tá bom...

E assim vai o Brasil... Achando que a solução virá de algum poderoso, como poder de mudar tudo.

Mas na verdade, as mudanças ocorrem normalmente nas coisas mais simples. São as pessoas mais humildes e sem desejo nenhum de ser poderoso, que fazem as coisas mais abençoadas e milagrosas. São nas pequenas coisas do dia-a-dia que se conquistam grandes coisas!

O próprio Governo usa isso em próprio favor chamando aqueles que mais sofrem, com seus mandos e desmandos, de “minoria insatisfeita”. Sim, mas como Eistein já provou, tudo é ponto de vista. Do ponto de vista de um governo corrupto, a pessoa honesta, que deseja delatar um esquema ilícito, é uma “minoria insatisfeita”, percebe?

Mas quem se importa com o Governo no dia-a-dia? Temos coisas mais importantes para fazer e não temos tempo para ficar atento se estamos sendo passados para trás a todo momento.

Por isso precisamos mudar nós mesmos antes de mudar o Governo. Somos todos Brasileiros e estamos todos no mesmo barco: em um país falido que não se reerguerá sozinho, nem contando com o Governo ou com pessoas poderosas, mas com pessoas comuns, como eu e você.

Pessoas comuns, que fazem o dia-a-dia de um País funcionar, quer o Governo queira ou não. Quer os poderosos estejam bem ou não.

Nenhuma Petrobrás consegue operar sem as costureiras que tecem os uniformes, sem os operários da indústria do plástico que faz de capacetes a ferramentas. Sem os caminhoneiros que transportam tudo! Sem a mão de obra, que são os braços e pernas dos Brasileiros.

Nós somos Brasileiros sem o Governo. Já o Governo não é nada sem nós Brasileiros! 

Nós somos o Brasil e não um bando de ratos de porão escondidos em um prédio bonito chamado de Planalto.

Abraços,
Renato Aloi

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