quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Carta Aberta ao NOVO Ministro de Tecnologia

Boa noite Ministro Celso Panseira!

Parabéns pela "aquisição" da pasta de Ciências & Tecnologia do Brasil!

Sei que o Sr. já passou por 4 partidos e que é dono de restaurante... Além de ser formado em Letras e um leitor assíduo do dicionário!

Gostaria de saber como o Sr. pretende contribuir para esse Ministério tão importante para o futuro do nossos engenheiros e tecnólogos?

Acho que seria importante o Sr. fazer uma declaração pública sobre suas ideias e planos para atuar no Ministério da Tecnologia.

Eu não queria lhe assustar, mas nós tecnólogos temos dificuldades de aceitar administradores da pasta de Tecnologia que são da área de humanas...

Mas eu sei que o Sr. é muito criativo, uma vez que tirou o nome do seu restaurante de uma palavra bonita do dicionário!

Aliás fico muito feliz pela sua dedicação no assunto em que o Sr. é formado! Afinal de contas um letrado que não conhece o dicionário é imprestável, né?

Assim pensamos os tecnólogos sobre um administrador na pasta de exatas, mas com formação em humanas. É imprestável também, concorda?

Só espero que o Sr. não seja tão imprestável quanto o seu antecessor Aldo Rebelo que não fez nada além de tentar criar um projeto para acabar com o dia do halloween e instituir o dia do Saci-Pererê!

Não espero que o Sr. seja um Marco Antonio Raupp que é formado em física, doutorado em matemática, além de presidente do SBMAC (espero que o Sr. saiba o que é isso) e também ex-diretor do Inpe... Devo continuar ou o Sr. já entendeu?

Não acredite que somos bobos, pois sabemos que seu cargo foi "loteado" e negociado de forma política e que o Sr. passou por 4 partidos, mostrando que não tem escrúpulos e nem firmeza ideológica. Apenas interesses pessoais. Nós sabemos disso e nem precisa se explicar...

Não esperamos muito do Sr., sabemos de suas limitações no assunto de Ciências e Tecnologia.

Portanto não precisa se esforçar muito (eu sei que não vai) apenas esquente a cadeira para alguém que tenha diploma na área de exatas e que leia livros técnicos ao invés de dicionários.

Sem mais nada a dizer, sem mais esperanças no futuro tecnológico do Brasil, termino essa carta pedindo que o Sr. diminua seu próprio salário, pois o Sr. não tem as características necessárias para exercer essa pasta, portanto acredito que o Sr. deveria ganhar menos.

Ah! Se o Sr. interessar, tem umas faculdades de tecnologia que duram apenas 2 anos e iriam agregar muito ao seu conhecimento na área. E algumas ainda oferecem o curso a distância, o que não atrapalharia suas tarefas como dono de restaurante, leitor de dicionário, e no tempo livre, Ministro da pasta de Ciências e Tecnologia.

Atenciosamente,
Renato Aloi
seriallink.com.br
Indústria Brasileira

domingo, 4 de outubro de 2015

O que é Arduino Standalone?

Bom dia pessoal!

Hoje vamos falar do Arduino Standalone!

Esse termo "standalone" não tem tradução direta para o português. Ele significa "ficar sozinho", mas não de uma forma solitária, e sim de uma forma de "vigia da torre".

O vigia de uma torre também "fica sozinho", mas ele está cumprindo um papel! Ele está trabalhando!

O Arduino Standalone é baseado no chip principal da plataforma Arduino, que é o ATMegaXXX (onde XXX é o modelo do ATMega). Ele é fabricado pela Atmel e faz parte da linha de produtos chamada MegaAVR.

Todos os microcontroladores da plataforma Arduino (exceto pelo DUE) são da linha MegaAVR que é uma das plataformas 8 bits da Atmel.

Esta plataforma MegaAVR da Atmel, que lançou os ATMegas, e que a equipe Italiana do Arduino decidiu usar em seu projeto, é a evolução da plataforma anterior, que é o 8051.

Ainda tenho algum material sobre 8051 no Laboratório da Serial Link (e também tem muito material sobre standalone e protuino, que é o standalone da Serial Link):

http://seriallink.com.br/lab/

Pra quem já trabalhou com 8051 sabe que Standalone é o padrão. O Arduino UNO agregou várias funcionalidades na placa pra facilitar nosso trabalho na bancada.

Mas no chão de fábrica, seu chip ATMega com seu programa Arduino estão sozinhos!

Se você quiser alimentação de 3.3V, terá que fazer o circuito você mesmo! Não tem almoço grátis! Mas tem dica! Use um LM317!


Eu mesmo quando comecei, foi pelo Protuino, que é um Arduino Standalone da Serial Link funcionando em uma protoboard, veja o link do produto educacional:

http://seriallink.com.br/web/index.php?r=produtos%2Fkitprotuinoftdi

Essa versão do link acima é a mais atual, com manual para professor, dicas de montagens etc. O material original pode ser encontrado no primeiro link do Laboratório da Serial Link.

Muita gente não conhece a história do Laboratório da Serial Link (LdSL) e confunde com a do Laboratório de Garagem (LdG).

A verdade é que o Laboratório da Serial Link nasceu encubado dentro do LdG, mas que, por desacordos comerciais, separaram.

Dito isso, é possível ver muito do material original no meu canal antigo:

http://www.youtube.com/graccula

Os primeiros vídeos desse canal mostram (de forma amadora, claro) o nascimento do Protuino e todo trabalho de clonagem do FTDi, que é a plataforma USB/Serial da Serial Link.

Pois no Arduino Standalone você não tem conversor USB/Serial, então ou você usa um Arduino UNO pra gravar o chip, ou você conecta um Conversor USB/Serial direto no chip do ATMega para gravar o programa do Arduino.

A equipe italiana do Arduino partiu para outra plataforma diferente do FTDi, pois eles adotaram uma linha de microcontroladores da Atmel que já tem o conversor USB/Serial embutido no chip, e que ainda pode ser programado para nossa vantagem!

Legal né? Só que isso dá muito problema e vemos uma enchurrada de iniciantes reclamando que o Arduino parou de responder quando ligamos na USB do computador.

Isso acontece pois o chip ATmega com USB/Serial embutida as vezes "esquece" sua programação original e pára de funcionar de uma hora pra outra...

Por isso a Serial Link nunca abandonou a plataforma FTDi como sendo a USB/Serial mais eficiente que existe atualmente.

Isso sem falar que o chip FT232RL possui várias funcionalidades adicionais, como por exemplo uma saída 3.3V que já economiza um circuito adicional de regulador de tensão.

A própria Robocore não acompanhou a equipe italiana e manteve o FTDi em seu Arduino Black Board.

Atualmente ficou claro que a plataforma Arduino é um sucesso tão grande e tão avassalador, que já estamos desmontando aquela placa azul e jogando ela fora.

Já estamos conseguindo tomar nossas próprias decisões de layout de circuitos de forma que atenda o mercado brasileiro de uma forma que o italiano ou o chinês nunca vão conseguir.

E vamos em frente!

Que venha a GBK Robotics! Vamos criar uma epidemia de Arduino no Brasil!



Abcs,

Renato Aloi